A preservação do patrimônio cultural é uma temática que ganha especial destaque quando observamos o estado de conservação do Hospital Psiquiátrico São Pedro, em Porto Alegre. A última quinta-feira, 27 de junho, foi marcada por um importante evento de vistoria, liderado pelo promotor de Justiça de Defesa do Meio Ambiente, Felipe Teixeira Neto, com a verificação detalhada das instalações de um espaço que faz parte do patrimônio histórico do Rio Grande do Sul. A inspeção teve por motivação as preocupações geradas por informações a respeito de sérios danos apresentados no telhado da edificação histórica.
A iniciativa procurou avaliar de forma minuciosa os danos que o tempo e a ausência de manutenções causaram ao patrimônio histórico. O Hospital Psiquiátrico São Pedro, que há tempos deixou de exercer suas atividades enquanto unidade de atendimento em saúde, revelou, durante a inspeção, o quadro assustador de degradação. Felipe Teixeira Neto, em companhia dos especialistas Maria Letícia Ikeda, Leo Jaime Zandonai e Lívia Puperi, constatou a precariedade da estrutura que, exceto pelo memorial ainda operante no prédio B, vê seus demais seis prédios completamente inutilizados e deteriorados.
As descobertas feitas pela equipe de vistoria importam não apenas para aPromotoria do Meio Ambiente mas também ressoam as urgências na gestão do patrimônio cultural, o qual vem se degradando sob as ameaças de exposição ao tempo. Infelizmente, a fragilidade do telhado, a deterioração das janelas e a depreciação dos assoalhos apenas enfatizam o risco de perda integral desta parte significativa da história e memória coletiva.
A profunda deterioração de um Patrimônio Histórico
Diante do exposto pelo Promotor Felipe Teixeira Neto, é possível perceber a extrema necessidade de ações emergenciais para proteger o patrimônio histórico. O estado do Hospital Psiquiátrico São Pedro compromete não apenas a estrutura física, mas também o resguardo de valores culturais imbuídos em suas paredes. Um inquérito civil já se encontra em andamento, visando à preservação do patrimônio histórico, contemplando o estudo de utilização alternativa do prédio como uma das vias para sua conservação.
Medidas emergenciais propostas
- Realização de obras no telhado para evitar infiltrações e danos severos aos interiores dos prédios;
- Proteção e restauração das janelas para impedir a degradação agravada pela exposição ao tempo;
- Fortalecimento de estruturas de assoalho para garantir a segurança física do espaço;
- Estabelecimento de parcerias público-privadas para a revitalização do Hospital Psiquiátrico São Pedro.
Intervenções de Conservação e sustentabilidade do patrimônio histórico
Com a consciência de que o patrimônio histórico atua como um importante vetor de identidade cultural, torna-se imperativo o empenho em práticas de conservação e restauro. Essas práticas são essenciais tanto para a salvaguarda do patrimônio histórico quanto para o seu potencial de uso futuro, inclusive sob novas modalidades que possam trazer revitalização não somente para o prédio, mas também para a comunidade em seu entorno.
Encerrando esta análise preocupante do patrimônio histórico em estado de emergência, voltamos o olhar ao Hospital Psiquiátrico São Pedro como testemunha da memória e história que exige medidas enérgicas e imediatas de preservação. A promoção de diálogos interdisciplinares entre órgãos governamentais e iniciativa privada é essencial para elaborar estratégias efetivas que assegurem a proteção e a requalificação deste legado para as futuras gerações.
Convido os leitores a compartilhar suas opiniões e reflexões a respeito deste tema, assim como a disseminar a discussão sobre a importância da preservação do patrimônio histórico em suas redes sociais. Seu engajamento é valioso para a propagação da conscientização sobre a necessidade de preservar nossa história.
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