A esclerose múltipla (EM) não distingue idade. Esta doença desafiadora, uma desordem autoimune crônica do sistema nervoso central, afeta cerca de 40 mil brasileiros, muitos deles adultos jovens. Ampliar o conhecimento sobre esta condição e disseminar eficientemente práticas preventivas e de manejo representam desafios para as secretarias de saúde brasileiras, tanto nas Unidades Básicas de Tratamento quanto nas Unidades de Pronto Atendimento e, não se pode esquecer, na rede de cuidados privados.
No vanguardista campo da medicina, a inteligência artificial (IA) desponta como um recurso valioso, com o potencial de prever patologias baseadas no DNA de um indivíduo – permitindo assim o fomento de estratégias de prevenção. Ainda assim, enquanto aguardamos avanços palpáveis em detecção precoce e rastreamento de doenças como a esclerose múltipla, é fundamental reconhecer os sintomas precoces, os quais podem abrandar quadros sintomáticos e impedir crises sérias.
O neurologista Dr. Matheus Wasem, com especialidade em esclerose múltipla, destaca a necessidade de atenção a sinais como embaçamento da visão, visão dupla, fraqueza muscular, redução da sensibilidade, desequilíbrio, incontinência urinária e cansaço extremo. “Para fortalecer a suspeita de EM, é crucial que esses sintomas durem 24 horas ou mais e não sejam atribuíveis a outras causas. Estes indicativos geralmente estão associados a alguma anormalidade cerebral ou na medula espinhal do indivíduo”, aponta Dr. Wasem.
O diagnóstico de esclerose múltipla requer a aplicação dos Critérios de McDonald, cuja última versão é de 2017 e aguarda revisão para o final de 2024. Estes critérios incluem a manifestação de sintomas característicos, lesões identificáveis por meio de exames como a ressonância magnética, entre outros testes complementares. Devido à raridade e complexidade em diagnosticar a EM, é imperativo que seja um diagnóstico de exclusão, comenta o especialista.
Identificação e acompanhamento na esclerose múltipla
Sintomas que podem indicar outras condições
Alguns sintomas podem ter origem em fatores externos, confundindo-se com os de um surto típico da doença. O fenômeno conhecido como pseudosurto pode envolver manifestações neurológicas causadas por agentes externos não neurológicos, como calor excessivo ou estresse. Portanto, uma avaliação criteriosa é essencial, detalha Dr. Wasem.
Em busca de confirmação nos casos iniciais
Antes de chegar a um diagnóstico definitivo da esclerose múltipla, é preciso continuar a investigação em pacientes com sintomas iniciais. Uma vez confirmada a EM, o tratamento envolverá métodos medicamentosos e não medicamentosos. Caso a EM seja descartada, prosseguir-se-á na busca pelo motivo real dos sintomas.
Condições prévias à esclerose múltipla
A “pré-esclerose”, ou CIS (Síndrome Clínica Isolada), e a RIS (Síndrome Radiológica Isolada) são quadros que apresentam risco de progressão para a esclerose múltipla. No CIS, há sintomas e ressonâncias indicativas, mas que não atendem totalmente aos critérios de McDonald. No RIS, as lesões são visíveis na ressonância sem sintomatologia associada. Ambas as condições comportam um risco variado de desenvolvimento posterior de EM, precisa o Dr. Wasem.
Para aqueles que buscam atenuar os sintomas e prevenir as crises de esclerose múltipla, o melhor passo é procurar um neurologista ao menor sinal de alerta.
Dr. Matheus Wasem: perfil profissional
Com uma trajetória acadêmica e profissional notável, incluindo experiência no Hospital Johns Hopkins e um Mestrado em Neuroimunologia e Esclerose Múltipla pela UAB/CEMCAT, o Dr. Wasem oferece um tratamento dedicado e baseado na personalização do cuidado ao paciente, além de contribuir de maneira significativa para o avanço no manejo da esclerose múltipla. O médico realiza atendimentos online em todo o território brasileiro e consultas presenciais em Marechal Cândido Rondon – PR.
Fonte: saladanoticia.com.br
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