O mês da conscientização da campanha mundial de prevenção e diagnóstico do câncer de mama, Outubro Rosa, também é uma alerta sobre a saúde das mulheres. Dados do Ministério da Saúde e o do Instituto Nacional de Câncer (Inca) indicam que entre as doenças cancerígenas que acometem as mulheres, o câncer de mama representa 30%; seguido do câncer de cólon e reto (9,7%), do câncer do colo do útero (7,0%), do câncer de pulmão (6,0%) e do câncer de tireoide (5,8%).
Ainda segundo o Inca, estima-se que serão registrados 74 mil novos casos de câncer de mama até o próximo ano (2025). Embora as doenças cancerígenas não tenham classes sociais, a população com menor renda tende a ter maior dificuldade na regularidade dos exames preventivos e no tratamento. Nesta parcela também é observada a incidência maior de câncer de estômago, fígado, lábios-boca-faringe e pulmões. Entre os fatores de risco, a qualidade da alimentação e o tabagismo figuram no topo.
De acordo com a médica ginecologista e professora da Residência Médica da Universidade Santo Amaro (Unisa), Daniela Setti, a detecção precoce do câncer de mama é importante para aumentar as chances de cura e tratamento da doença. “A mamografia é o exame para rastreamento do câncer de mama. A Sociedade Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia recomenda que as mulheres realizem o exame a partir dos 40 anos”, ressalta a médica.
Ainda segunda a doutora Daniela, no Brasil, conforme as diretrizes para a detecção precoce, a mamografia é o único exame que possui eficácia comprovada na redução da mortalidade por câncer de mama. A prática regular de atividade física aliada a uma alimentação saudável rica em nutrientes pode também ajudar a reduzir os riscos do câncer e de outras doenças que acometem o organismo. “Assim como no controle de peso, um fator de risco que está associado a vários tipos de câncer”, pontua a ginecologista.
Segundo o Inca, o câncer é um problema de saúde pública mundial. Na última década, houve um aumento de 20% na incidência e estima-se que, para 2030, ocorram mais de 25 milhões de casos novos. Os números alarmantes reforçam a importância das campanhas de conscientização para a prevenção e diagnóstico precoce da doença. Por isso, é importante manter a regularidade das consultas médicas e dos exames preventivos, como o Papanicolau e mamografias.
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