*Por Hugo Stobienia Wannmacher – Especialista em Big Data e IA
Vivemos uma era de transformação tecnológica sem precedentes e poucos setores se beneficiam tanto dessa revolução quanto a área da saúde. O Big Data e Inteligência Artificial (IA) estão promovendo mudanças profundas na forma como doenças são diagnosticadas, tratadas e prevenidas. Além de otimizar processos, essas ferramentas oferecem novas possibilidades para salvar vidas e melhorar o bem-estar dos pacientes.
O Big Data, que processa e analisa grandes volumes de dados de forma rápida e eficaz, desempenha um papel importante na saúde ao integrar informações provenientes de fontes diversas, como prontuários eletrônicos, exames laboratoriais, dispositivos vestíveis — equipamentos utilizados no corpo ou implantados nele — aplicativos e estudos clínicos.
A capacidade de cruzar e interpretar essas informações em tempo real permite prevenir, identificar riscos e personalizar tratamentos. Por exemplo, a análise antecipada possibilita reconhecer pacientes com maior probabilidade de desenvolver doenças crônicas, como diabetes e hipertensão, oferecendo a oportunidade de intervenções precoces que podem evitar complicações futuras. Além disso, a ferramenta acelera pesquisas médicas ao organizar e analisar rapidamente bancos de dados globais com informações genéticas, ambientais e comportamentais, facilitando a descoberta de novas terapias e medicamentos.
A Inteligência Artificial, junto ao Big Data, converte dados complexos em ações concretas. Ferramentas que utilizam IA, incluindo algoritmos de aprendizado profundo, são empregadas para analisar exames de imagem com uma precisão impressionante, viabilizando a elaboração de tratamentos personalizados, que levam em conta as particularidades genéticas e clínicas de cada paciente, o que potencializa a eficácia das terapias e minimiza os efeitos adversos.
Essa união de tecnologias está impactando de forma significativa a vida dos pacientes. O monitoramento contínuo por meio de dispositivos como relógios inteligentes possibilita o acompanhamento remoto das condições de saúde, assegurando que intervenções necessárias ocorram de forma ágil. A análise em tempo real dos dados coletados por esses dispositivos pode, por exemplo, detectar variações no ritmo cardíaco e avisar os médicos sobre possíveis emergências, como infartos.
Embora os avanços sejam inegáveis, o uso dessas tecnologias também apresenta desafios. A segurança e privacidade dos dados dos pacientes são questões sensíveis, exigindo o desenvolvimento de políticas rigorosas para evitar vazamentos e usos indevidos de informações. Além disso, a acessibilidade às tecnologias de saúde precisa ser ampliada para que populações mais vulneráveis não fiquem excluídas dessa transformação.
Sobre
Hugo Stobienia Wannmacher é Técnico de Processamento de Dados, com mais de 25 anos de experiência em construção e administração de sistemas complexos de bancos de dados, sendo especialista em Big Data e Inteligência Artificial.
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Kaísa Christina Romagnoli
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