A escritora recifense Madu Sansil lança seu primeiro livro, “às vezes esqueço como respirar” (88 págs.), pela editora Mondru. A obra reúne poemas escritos entre 2012 e 2024, explorando três eixos temáticos principais: o “eu”, o “outro” e a “cidade”. A autora, que nasceu e vive no Recife, utiliza a poesia como um meio de expressão confessional, mesclando autodepreciação e egocentrismo, amor e desencanto, além de uma declaração afetiva à capital pernambucana.
O evento de lançamento está marcado para acontecer no dia 28 de março, uma sexta-feira, a partir das 19h, no Furdunço – Café e Cultura, localizado na Rua Gildo Neto, n°92, bairro Tamarineira, na capital pernambucana, Recife.
“Pinto a mim mesma porque sou sozinha e porque sou o assunto que conheço melhor”, cita Madu, referindo-se à artista Frida Kahlo para justificar a centralidade do “eu” em sua escrita. Já sobre o “outro”, a autora brinca: “Em uma escala subjetiva que eu mesma inventei, entre Florbela e João Cabral, eu com toda certeza estou à esquerda”. A cidade, por sua vez, surge como um personagem poético, refletindo tanto as emoções da autora quanto sua relação íntima com o Recife.
O processo de criação do livro foi orgânico e demorado. Madu começou a escrever poesia aos 14 anos, influenciada por sua paixão pela música e pela literatura. Entre 2013 e 2016, compartilhou seus textos em uma página no Facebook chamada “Maria, espia só”, que ganhou popularidade na época. No entanto, a autora decidiu apagar seus trabalhos da internet e só agora, após anos de maturação, sentiu-se pronta para publicar seu primeiro livro.
“às vezes esqueço como respirar” não segue uma estrutura linear ou temática rígida. Madu optou por não dividir a obra em capítulos, permitindo que os poemas dialoguem entre si de forma livre. “Acredito que não tenha mensagens em destaque, como poderia em um romance. Ele existe e fala sobre a existência, em várias nuances”, explica a autora.
Sobre a autora
Madu Sansil, nascida Maria Eduarda dos Santos Silva em 5 de agosto de 1997, no Recife, é graduada em Licenciatura em Letras – Português pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e atualmente cursa mestrado em Letras – Linguística na mesma instituição. Durante a graduação, realizou um intercâmbio acadêmico na Universidade do Porto, em Portugal.
Além de poeta, Madu é professora de Língua Portuguesa na rede pública estadual de Pernambuco e multiartista, atuando também nas artes plásticas. Sua trajetória inclui passagens por projetos sociais voltados para a educação e pela equipe de Relacionamento da TAG Experiências Literárias.
“às vezes esqueço como respirar” marca o retorno da autora à poesia após anos de pausa e reflexão. “Este livro é, para mim, ao mesmo tempo retorno e liberdade”, diz Madu. “É olhar para a Maria Eduarda dos últimos doze anos e permitir que a poeta seja livre para existir novamente para o mundo.”
Confira trecho do poema “Ode assimétrica ao Recife”:
Recife,
minha poesia atemporal
cidade que declama
a cada passo dado à frente
fora do lugar
Recife,
o teu povo clama:
resista!
ao concreto
ao cimento
ao cinza
à falsa ideia de desenvolvimento
que tentam te vender
Recife,
insista!
contra o monstro urbano
que engoliu a mata
o manguezal
que te levou do sagrado ao profano
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FICHA TÉCNICA
Livro: “às vezes esqueço como respirar”
Autora: Madu Sansil
Rede social da autora: @madusansil
Número de páginas: 88
ISBN: 978-65-6042-104-2
Editora: Editora Mondru
Ano: 2025
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VERIANA RIBEIRO ALVES
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