Março, o mês da mulher, é mais do que um momento de celebração e de luta por direitos. É, também, um convite à reflexão sobre os avanços e desafios que ainda marcam a trajetória das mulheres.
Ao longo do tempo, conquistas importantes foram alcançadas, mas a busca por autonomia e liberdade continua sendo uma jornada diária, cercada por muitos desafios, tanto pessoais como sociais.
Entre tantas formas de exercer essa independência, viajar sozinha se tornou um símbolo poderoso de coragem e autodescoberta, representando a quebra de barreiras impostas ao longo da história.
Algumas pesquisas mostram que, nos últimos anos, o número de mulheres viajantes vem crescendo (o mercado de viagens feminino teve um aumento de 88%), o que demonstra também uma grande mudança cultural, inclusive com muitas empresas de viagem direcionadas apenas ao público feminino.
Apesar disso, a insegurança ainda impede que muitas viajem, seja por medo de algo concreto acontecer ou pelo receio da solidão e de não se sentirem bem.
Escritora fala sobre viajar sozinha e publica livro de crônicas
Como ressalta a escritora Mariana Bueno, criadora do blog Mariana Viaja (marianaviaja.com e redes sociais @marianaviaja), viajar sozinha não é apenas um ato de lazer, mas uma experiência que pode ser transformadora e ajudar no fortalecimento da confiança feminina, mudando a forma de olhar para si mesma e de olhar o mundo, seja em um lugar do lado de lá do oceano ou na esquina de casa.
Há 10 anos ela vem escrevendo sobre o assunto e, em 2024, reuniu algumas crônicas no livro “Nem louca, nem coitadinha, nem tão corajosa assim”. O título escolhido faz referência a alguns rótulos que insistem em colocar não só em quem viaja sozinha, mas em muitas outras situações, quando as decisões fogem do que socialmente ainda hoje é esperado de uma mulher. “Nos textos falo de medo, solidão, amizades, inseguranças, desejos, dores, delícias e desafios de ser mulher, sempre de forma muito pessoal, com reflexões e questionamentos sobre papéis de gênero, indo muito além das viagens”, conta.
Há também textos sobre alguns destinos para os quais a autora foi sozinha, situações cotidianas e dicas práticas para quem quer viajar assim, com a experiência adquirida ao longo de mais de 10 anos, desde que fez uma viagem solo pela primeira vez, em 2013. “Sei que muita coisa mudou desde então, mas ainda vivemos em uma sociedade pautada na misoginia, em um mundo que julga e tenta limitar as mulheres o tempo todo. E o livro propõe pensar sobre tudo isso”, diz.
Livro é sucesso entre viajantes e mulheres empoderadas
O livro foi destaque em grandes eventos literários como a Bienal de Salvador, a Bienal de São Paulo e a Festa Literária Internacional de Paraty (Flip), entre outros, e a autora vem tendo um retorno positivo tanto de mulheres que já viajam sozinhas como daquelas que estão começando a se encorajar.
Graduada em Jornalismo, com pós em Mídias Digitais, Mariana tem outro livro publicado, “Eu não quero chegar a lugar algum” (2019), com crônicas do cotidiano, falando também sobre viagens e empoderamento feminino, que são os temas principais do seu blog. E já planeja novos lançamentos. “Não sei se em 2025, porque livro é um processo longo, mas é uma vontade que tenho”, revela.
Mariana é mineira, moradora do litoral norte de SP, capricorniana, cruzeirense e feminista. Os livros podem ser adquiridos diretamente com ela pelo email contato@marianaviaja.com ou pelo instagram @marianaviaja.
Mês da mulher e a importância de novas conquistas
Seja viajando sozinha, escolhendo um novo caminho ou tomando qualquer decisão por si mesma, cada passo em direção à autonomia é uma conquista. E que este Mês da Mulher seja um lembrete de que a liberdade feminina vai muito além de uma conquista individual – é um movimento que transforma vidas e abre caminhos para todas!
Notícia distribuída pela saladanoticia.com.br. A Plataforma e Veículo não são responsáveis pelo conteúdo publicado, estes são assumidos pelo Autor(a):
MARIANA BUENO NETTO
contato.mariana.bueno@gmail.com