A crescente preocupação com a alimentação infantojuvenil
No cenário atual da saúde infantil e adolescente, um alerta se faz presente: o aumento significativo de sobrepeso e obesidade entre os jovens. Conforme apontam dados divulgados pelo Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (SISVAN) e pelo Instituto Desiderata, cerca de 31% das crianças brasileiras na faixa etária de 0 a 9 anos estão classificadas com sobrepeso ou obesidade. Estes números sinalizam a necessidade urgente de se promover uma cultura voltada para uma alimentação saudável.
Liliane Grein Beuther, renomada nutricionista e docente de cursos relacionados à alimentação saudável, ressalta a influência que os alimentos ultraprocessados exercem sobre o paladar infantil, destacando o design desses alimentos para capturar a preferência de quem os consome. Mudanças no entorno alimentar, que englobam a oferta e a própria ingestão de alimentos in natura e minimamente processados pelos pais, são essenciais para estabelecer hábitos alimentares saudáveis nas crianças desde a gestação.
A nutricionista sublinha a importância de evitar a oferta de itens excessivamente doces ou ultraprocessados até os dois primeiros anos de vida, em prol da formação de padrões alimentares benéficos. Esta constituição de hábitos saudáveis é cerne para a saúde a longo prazo das crianças.
As consequências de uma dieta carente em nutrientes
A alimentação deficiente não é a única razão para problemas de sobrepeso entre os jovens. A combinação de fatores como predisposição genética, hábitos sedentários, disfunções psicológicas e dinâmicas familiares complexas contribuem para esse cenário, de acordo com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
Além disso, a nutricionista salienta que grande parte dos itens ultraprocessados são ricos em açúcar, gordura, sal e farinha refinada, todos componentes que potencializam o ganho de peso e trazem implicações sérias, sobretudo no desenvolvimento infantil, atingindo o sistema cognitivo e musculoesquelético.
Por outro lado, é enfatizado que nem todos os carboidratos e gorduras são vilões, já que desempenham funções fundamentais para o organismo. A chave para uma alimentação saudável envolve não apenas a seleção de alimentos, mas um balanço harmonioso nas porções consumidas. Os alimentos, comumente agrupados em três categorias, devem ser diversificados na dieta:
- Energéticos: tubérculos, cereais, gorduras vegetais;
- Construtores: carnes, ovos, leguminosas, laticínios;
- Reguladores: frutas e vegetais.
Uma alimentação saudável ultrapassa o mero ato de comer e engloba dimensões culturais, sociais e emocionais. Portanto, é primordial que o ambiente favoreça a aprendizagem alimentar sem imposições exageradas, evitando desencadear futuros distúrbios alimentares.
Como promover a educação alimentar de maneira eficaz?
Começar a educação alimentar dos pequenos significa proporcionar-lhes experiência com diversos alimentos, inseri-los nas rotinas de refeições e, quando possível, incluí-los no preparo dos pratos. Liliane aponta o papel fundamental da escola nesse processo, mas enfatiza a necessidade da presença dessa prática dentro de casa.
A especialista mostra que o período ideal para começar a introdução alimentar varia de acordo com o desenvolvimento de cada criança, mas normalmente segue após os seis primeiros meses de aleitamento materno. Identificar sinais como sentar-se com apoio e capacidade de manter a cabeça erguida são indicativos para esse início, sempre observando as orientações dos profissionais de saúde que acompanham o desenvolvimento infantil.
Além disso, são apresentadas seis sugestões valiosas para auxiliar crianças e adolescentes a escolherem opções mais saudáveis:
- Oferecer água saborizada e chás gelados naturais ao invés de refrigerantes;
- Preferir preparações assadas ou grelhadas em detrimento de frituras;
- Optar por sobremesas e bolos caseiros com menos açúcar;
- Substituir sorvetes industriais por versões feitas com frutas congeladas e iogurte natural;
- Escolher pipocas caseiras e snacks assados ao invés de salgadinhos;
- Preferir iogurte natural e kefir no lugar dos iogurtes industrializados.
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Aline de Oliveira Silva
aline.silva@inpresspni.com.br
Com esta pauta, esperamos que nossos leitores possam refletir sobre as práticas alimentares de suas famílias e encontrar maneiras de incorporar uma alimentação saudável na rotina das crianças e adolescentes. Valorizar um estilo de vida equilibrado e nutritivo é essencial para o bem-estar e o desenvolvimento saudável dessas gerações. Convidamos você a participar nos comentários, compartilhar suas experiências e este post com amigos e nas redes sociais. Sua colaboração é muito importante para disseminarmos a importância de uma alimentação saudável entre os jovens.
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