A arte está na vida de Amaury Lorenzo desde os oitos anos. De lá para cá, o ator não apenas se especializou nas mais diversas vertentes artísticas como também integrou o elenco de inúmeros projetos na tevê, no teatro e no cinema. O último ano, porém, foi marcado por uma reviravolta na trajetória do ator de 39 anos. O sucesso do capanga Ramiro, de “Terra e Paixão”, colocou Amaury no foco dos holofotes nacionais e também assegurou ao ator uma vaga no elenco principal de “Volta por Cima”, novíssima novela das sete, em que vive o divertido Chico. “Fui muito feliz em ‘Terra e Paixão’ e, logo em seguida, fui convidado para outra novela. Olho para trás com um orgulho enorme da minha trajetória. Valeu a pena. A gente sabe como é dura a vida do artista no Brasil. Um mês você paga o aluguel e não come. No outro mês, você come, mas não paga o aluguel”, explica.
Na história recém-estreada de Claudia Souto, Chico é o eterno noivo da protagonista Madá, papel de Jéssica Ellen. Sujeito sem atitude na vida, ele não enfrenta os obstáculos para conseguir o que quer. Vive uma relação com Roxelle, papel de Isadora Cruz, mas não enfrenta dá um fim ao namoro com Madá. Quer mudar de vida, mas se acomoda em trabalhar na banca de jornal do pai. Com bom coração, ele não quer magoar ninguém. “É um personagem totalmente oposto do Ramiro. É leve e divertido. Ele é noivo da Madá, mas tem uma amante. Não é que ele seja um safado. Ele só ama demais. Estou defendendo um traidor (risos)? Não é isso. Mas ele não faz nada de caso pensando. Ele não quer magoar ninguém e enfia os pés pelas mãos”, defende.
A chegada ao elenco de “Volta por Cima” é o ápice de um caminho ascendente de Amaury logo após o fim de “Terra e Paixão”. Além do convite para a novela das sete, o ator também rodou o filme “Vítimas do Dia”, original Globoplay, que chega ao streaming no ano que vem, e ainda conquistou o segundo lugar da “Dança dos Famosos 2024”. “Quanto terminou ‘Terra e Paixão’, eu peguei meu currículo para distribuir nas escolas de teatro. Ia voltar a dar aula porque tem de pagar as contas, né? Mas foram me convidando para diversos projetos. Estou bem feliz de ver esse reconhecimento do meu trabalho. São ótimas oportunidades que estão aparecendo”, celebra.
Natural de Congonhas, Minas Gerais, Amaury começou a se interessar por arte aos oito anos de idade, quando entrou para uma escola de dança em sua cidade natal. Aos 15 anos, ele se mudou para o Rio de Janeiro, onde se formou em Artes Cênicas pela Uni-Rio. “Com oito anos, eu vi um filme de patinação. Até hoje não sei qual é (risos). Mas falei para o meu pai que era isso que eu queria fazer da minha vida. Então, no dia seguinte, ele me levou para a escola de dança. E lá se vão quase 30 anos…”, relembra.
“Volta por Cima” – de segunda a sábado, às 19h30, na Globo
Nos palcos
Mesmo com uma rotina intensa diante das câmeras, Amaury Lorenzo ainda quer encontrar uma brecha na agenda para seguir com seus planos no teatro. Há cerca de um ano, ele roda o Brasil com o monologo “A Luta”, de Ivan Jaf, inspirado na obra “Os Sertões”, de Euclydes Cunha.
A produção se baseia na terceira parte do livro-reportagem do início do Século XX. Amaury conta a história do massacre da população religiosa comandada por Antônio Conselheiro durante a Guerra de Canudos e pelas forças militares do Presidente Prudente de Moraes, no fim do Século XIX. “Devemos voltar em novembro. Vamos fechar as apresentações de acordo com o tempo de gravações. É uma peça que tem muita relação com a nossa história”, afirma.
Instantâneas
# Assim como em “Volta por Cima”, Amaury Lorenzo também contracena com Jéssica Ellen no longa “Vítimas do Dia”, original Globoplay.
# O ator também é formado pela Royal Academy Dance Brasil.
# Amaury participou da minissérie bíblica “O Rico e Lázaro”, que retorna ao ar ainda em outubro, na Record.
# O ator é filho de um caminhoneiro e de uma dona de casa.
AMAURY LORENZO, o Chico de “Volta por Cima”, da Globo, por Caroline Borges | TV Press