Mais de 30 anos depois da morte de Cazuza, o artista voltou a ser notícia após a informação de que o ex-vocalista do Barão Vermelho teria aceitado a Jesus antes de morrer. Quem confirma esse fato é a enfermeira Ana Maria da Costa, que cuidou do cantor em seus últimos momentos.
Autora do livro “Fiz Parte Desse Show”, lançado em 1999, a obra voltou a despertar o interesse do público. Convidada do podcast PodCrê, a enfermeira conta detalhes dos últimos momentos do músico, que faleceu no dia 7 de julho de 1990, aos 32 anos, por causa de um choque séptico causado pela Aids.
– Estávamos em Boston, nos Estados Unidos, e o Cazuza sabia que estava nos seus últimos dias, mas eu disfarçava e começava a alegrá-lo. Mas, realmente, teve um dia que vários médicos falaram que ele viveria mais duas ou três horas. Ele não queria ser entubado e deixou isso bem claro para a família. Ele passou mal, mas melhorou e fiquei com ele naquela noite. Ele dizia que queria morrer no Brasil e eu conversava com ele e dizia que estava orando para que isso acontecesse – relembra.
Ana Maria conta que Cazuza foi internado em um hospital e que ficou temerosa de que ele não resistisse.
– Só Deus e eu sabíamos o quanto eu estava apreensiva, mas acreditando no poder de Deus. Sempre tive meu devocional e sempre busquei muito a Deus; mas foram momentos difíceis. Eu estava preocupada de ele morrer ali, mas não aconteceu. Ele ligou para os pais e disse que eles não aguentavam nem ver um filho morrer… Mas eu falei que a última palavra vem de Deus e tudo acontece no tempo Dele – afirma. – afirma.
De acordo com a enfermeira, Cazuza costumava ler a Bíblia e chegou a se impressionar com as histórias de Lázaro e do rei Ezequias. Apesar da mãe do artista, Lucinha Araújo, ter dito que toda essa história é mentirosa, Ana Maria afirma que Lucinha sabia que Cazuza estava lendo a Bíblia e ela nunca fez qualquer objeção quanto a isso.
– A internet está aí e eu não vou enganar nem mentir. É uma história real com o paciente que eu fiquei mais tempo e tive a oportunidade de falar de Jesus para ele. Poderia ser outra pessoa, mas foi o Cazuza. Tem muitas coisas que ele me contou sobre a vida e o trabalho dele, mas não falei para ninguém. A Lucinha confiava no meu trabalho e nos deixava sozinhos lendo a Bíblia. A gente não tem mais contato, mas tenho muitas cartinhas que ela mandava para mim. A gente tinha uma convivência tranquila. Eu conheci a Sociedade Viva Cazuza e sei que ela tem abençoado muitas crianças – declara Ana Maria, que teve autorização de Lucinha para escrever o livro.
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RAFAEL DA SILVA RAMOS
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