O Gartner, Inc. identifica os seis principais casos de uso de Inteligência Artificial Generativa (GenAI) em departamentos jurídicos, mostrando como a tecnologia pode aumentar a produtividade, reduzir riscos e impulsionar inovação em operações legais.
“A GenAI – enraizada na análise de texto – é uma tecnologia adequada para remodelar o departamento jurídico, automatizando tarefas rotineiras e fornecendo insights mais profundos”, diz Weston Wicks, Diretor Analista Sênior do Gartner Assurance Practice. “As implicações são significativas, pois a Inteligência Artificial Generativa pode permitir que os departamentos jurídicos aloquem recursos com mais eficiência e concentrem mais tempo dos funcionários em iniciativas estratégicas.”
Os especialistas do Gartner avaliaram um total de 16 casos de uso potenciais de GenAI em departamentos jurídicos, os classificando de acordo com o valor para os negócios e a viabilidade. Os seis casos de uso com o maior valor para os negócios e mais viáveis de serem implementados e operados em um departamento jurídico corporativo típico foram:
Visibilidade de contratos/extração de dados:
A GenAI pode revolucionar o gerenciamento de dados de contratos ao identificar, extrair e classificar termos e condições de contratos legados e de terceiros. Isso cria um banco de dados pesquisável, aumentando significativamente a produtividade das tarefas, como o gerenciamento pós-assinatura e a due diligence de fusões e aquisições.
“A Inteligência Artificial Generativa pode reduzir a carga administrativa da extração manual de dados, especialmente em setores altamente regulados”, diz Wicks. “No entanto, acordos exclusivos e complexos podem exigir treinamento adicional ou modelos de Inteligência Artificial (IA) personalizados para um desempenho ideal”.
Revisão automatizada de contratos:
A GenAI pode acelerar o processo de revisão de contratos, identificando cláusulas que desviam dos padrões organizacionais e fornecendo uma redação automatizada. Isso reduz o tempo do ciclo e os requisitos de revisão jurídica, impactando positivamente a receita da empresa e a eficiência operacional.
“Embora algumas soluções ofereçam recursos avançados, como negociação automatizada, a supervisão jurídica continua sendo necessária para acordos complexos, garantindo a consistência e a redução de riscos”, complementa Wicks.
Resumo de documentos jurídicos:
A GenAI pode condensar textos jurídicos complexos em resumos concisos e coerentes, destacando os principais pontos e insights essenciais. Isso aumenta a produtividade da equipe ao permitir o consumo rápido de informações críticas, apoiando a tomada de decisões informadas. Há várias ferramentas de resumo baseadas em IA disponíveis, mas a revisão humana continua sendo essencial para garantir a precisão e a confiabilidade do conteúdo gerado.
Recebimento e triagem jurídica:
A GenAI pode revolucionar o processo de recebimento analisando rapidamente os detalhes das solicitações por escrito e categorizando-as automaticamente com base no tipo, na região, no nível de risco e na urgência. Essa automação prioriza e encaminha as solicitações para os recursos jurídicos adequados, aumentando significativamente a produtividade.
“Em alguns casos, a GenAI pode fornecer respostas automáticas ou modelos de documentos, permitindo que a equipe jurídica se concentre em tarefas mais complexas”, ressalta Wicks. “No entanto, para conseguir uma adoção significativa, as empresas devem investir no alcance das partes interessadas e no gerenciamento de mudanças.”
Transcrever e resumir reuniões:
A GenAI pode converter discussões faladas em reuniões em transcrições escritas e condensá-las em resumos curtos com os principais pontos e conclusões. Isso aumenta a produtividade, liberando a equipe jurídica para se concentrar nos elementos essenciais da discussão em vez de tomar notas. A tecnologia economiza tempo ao produzir automaticamente resumos detalhados e, após o treinamento, pode ser rapidamente implementada em departamentos ou empresas.
Análise de riscos de contratos:
A GenAI pode mapear e pontuar riscos em contratos, oferecendo indicadores proativos para seu gerenciamento. Esse caso de uso aumenta a produtividade e a consistência nas negociações, fornecendo uma porcentagem de risco com base em fatores como o desvio dos limites padrão. A implementação requer colaboração com os fornecedores para refinar os critérios de pontuação de riscos e estabelecer práticas eficazes de seu gerenciamento. As empresas também devem desenvolver seus recursos de avaliação de risco para aproveitar totalmente essa tecnologia
“Os departamentos jurídicos terão que adotar essas tecnologias para se manterem competitivos e eficientes”, diz Wicks. “Essa não é uma tecnologia que pode simplesmente substituir as pessoas, mas, à medida que seu uso se torna mais predominante, a capacidade de aproveitá-la de forma eficaz para o trabalho jurídico se tornará uma aposta para a maioria dos funcionários do setor.”
Os clientes do Gartner podem ler mais em “Generative AI Use-Case Comparison for Legal Departments”. Os não clientes podem ler “AI in the Legal Industry”.
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MARIANA MIRRHA SANTOS
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