A computação em nuvem tem se destacado não apenas como um motor de eficiência tecnológica, mas também como uma ferramenta poderosa para impulsionar a sustentabilidade corporativa. Em um momento em que o combate às mudanças climáticas e a busca por práticas empresariais mais responsáveis ganham protagonismo, a nuvem surge como uma solução estratégica para reduzir a pegada ambiental das organizações e alinhar suas operações com as demandas do futuro.
De acordo com a Gartner, líder global em pesquisa e aconselhamento para empresas, até 2026, metade das organizações ao redor do mundo terá implementado ferramentas de monitoramento voltadas à sustentabilidade. Essas tecnologias permitirão acompanhar em tempo real o consumo de energia e as emissões de carbono de ambientes de nuvem híbrida, possibilitando ajustes que reduzam o impacto ambiental. Esse movimento reflete a crescente conscientização das empresas quanto à urgência de adotar modelos de negócios mais sustentáveis, impulsionada por exigências cada vez maiores de consumidores, investidores e reguladores.
Um dos principais atrativos da computação em nuvem é sua capacidade de reduzir drasticamente a necessidade de infraestruturas locais, como servidores e data centers próprios, que demandam grande consumo de energia e recursos. Em substituição, entram os data centers operados por gigantes da tecnologia, que investem fortemente em eficiência energética e no uso de fontes de energia renováveis. Isso não apenas reduz os custos operacionais para as empresas, mas também contribui diretamente para a redução de suas emissões de carbono, um ponto crucial para atender às metas globais de sustentabilidade.
Os números confirmam a força dessa transformação. Estima-se que os gastos globais com serviços de nuvem ultrapassarão a marca de US$ 1 trilhão até 2027, segundo a Gartner. Além disso, mais de 50% das empresas no mundo deverão adotar plataformas em nuvem até 2028. Essa tendência é especialmente marcante na América Latina, onde a International Data Corporation (IDC) projeta um crescimento anual de 30% nos investimentos em nuvem apenas em 2023, com o Brasil se consolidando como o principal mercado da região.
Os benefícios da nuvem para a sustentabilidade vão além da redução de consumo de energia. Grandes provedores como Huawei Cloud, AWS e Google têm metas ambiciosas de neutralidade de carbono e estão comprometidos com o uso de energias renováveis em seus data centers. Além disso, a centralização de recursos na nuvem elimina a necessidade de infraestruturas redundantes, diminuindo significativamente a geração de resíduos eletrônicos. Tudo isso se soma a uma maior flexibilidade operacional, permitindo que as empresas ajustem seus recursos de forma dinâmica e evitem desperdícios.
O impacto da computação em nuvem na sustentabilidade corporativa não se limita à redução da pegada de carbono. Ela também promove uma transformação cultural dentro das empresas, incentivando a priorização de soluções inovadoras que integram eficiência operacional com responsabilidade ambiental. No Brasil, que desponta como líder no crescimento da nuvem na América Latina, a expectativa é de que as organizações aproveitem essa oportunidade não apenas para modernizar suas operações, mas também para assumir um papel de destaque na transição para uma economia mais sustentável.
À medida que a computação em nuvem se consolida como uma peça-chave na transformação digital global, ela reforça seu papel como aliada indispensável no compromisso das empresas com o futuro do planeta. Mais do que uma tendência tecnológica, a nuvem representa uma solução capaz de aliar inovação e sustentabilidade em um momento em que ambas se tornam indispensáveis para o sucesso dos negócios e a preservação do meio ambiente.
*Por Severino Sanches, CEO da Agora Distribuidora.
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MARIANA FONSECA GUERRA
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