A riqueza da música brasileira ganha uma página especial no anuário da cultura com a apresentação da obra “Brasília: Sinfonia da Alvorada” no histórico palco da Casa da Ópera de Ouro Preto. Mestres da Bossa Nova, Antônio Carlos Jobim e Vinicius de Moraes, criaram em 1959, um poema sinfônico, a pedido do próprio presidente Juscelino Kubitschek, para homenagear a nova capital do Brasil. Após a longa espera, o público terá o privilégio de apreciar essa faceta menos explorada dos icônicos artistas no III Festival Arte & Movimento da Escola Saramenha de Artes e Ofícios, celebrando o valor e a visão de JK.
A Obra e Sua Trajetória Histórica
Ambição cultural e política convergiam na visão de Juscelino Kubitschek ao encomendar a “Brasília: Sinfonia da Alvorada”. Na residência presidencial do Catetinho, Jobim e Vinicius deram vida a notas e poesia que buscavam capturar o espírito de modernidade e progresso de Brasília. A obra, porém, não foi apresentada durante as festividades de inauguração da cidade, e sua estreia em disco só aconteceu em 1961, pouco antes de se tornar uma relíquia à espera de uma merecida estreia nos palcos, o que ocorreria apenas 26 anos depois, marcando a história cultural do país.
A Espetacular Edição de Ouro Preto
A mágica acontecerá em 13 de julho, na Casa da Ì“pera de Ouro Preto, trazendo não somente a essência da obra de Jobim e Vinicius, mas também honrando a memória de Kubitschek. Com entrada franca, o evento reúne músicos da renomada Orquestra Filarmônica de Minas Gerais e homenageia os 122 anos de nascimento e os 48 anos de partida de JK, em uma celebração de sua união à excelência cultural brasileira.
A Homenagem Artística na Contemporaneidade
Assumindo a regência e produção musical estará Robson Fonseca, junto aos impecáveis arranjos de Waltson Tanaka. A narrativa ficará sob a responsabilidade do aclamado ator Jonas Bloch, enquanto a habilidade manual dos músicos, como Aymi Shigeta e Jovana Trifunovic, entrelaça-se com a cenografia visual de Tati Trópia e a iluminação artística de Pedro Pederneiras, criando um espetáculo que é esperado ser tão monumental quanto a capital que celebra.
- Direção de Paulo Rogério Lage
- Produção de Cristiano Ayres Figueiredo e Sérgio Oliveira do Amaral
- Piano por Aymi Shigeta
- Violino por Jovana Trifunovic, Viola por Katarzyina Druzd
- Violoncelo por Lucas Barros e Flauta por Renata Xavier
- Trombone por Wagner Mayer e Trompa por Fábio Ogata
No final, “Brasília: Sinfonia da Alvorada” não é só uma execução artística, mas um ato de memória e valorização da trajetória brasileira, uma sincronia entre passado e futuro elevada pela música.
Desejamos que a apresentação desperte inúmeras emoções e reflexões em nosso público. Compartilhe suas impressões nos comentários, divulgue entre amigos e nas redes sociais. Vamos celebrar juntos a riqueza cultural de nosso país.
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