De acordo com a pesquisa “Barômetro da Segurança Digital”, 64% das empresas enfrentam fraudes ou ataques digitais com frequência média ou alta. Apesar disso, apenas 23% priorizam a cibersegurança ou outras medidas em seus orçamentos. Os dados evidenciam uma realidade preocupante, que coloca em risco os titulares que não têm suas informações preservadas e as próprias organizações, que não garantem a conformidade com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), em vigor desde 2020.
Na análise por atividade econômica, o setor industrial demonstra maior vulnerabilidade. Segundo o relatório de riscos de dados da Varonis, as indústrias apresentam maior fragilidade em relação ao roubo de dados, numa proporção de quatro a cada dez.
Os sistemas ERP são apontados como alternativa para mudar esse cenário, já que são ferramentas de gestão que permitem a centralização e o controle de dados em empresas e indústrias.
Para quem não entende como um ERP funciona, a Associação Brasileira de Automação (GS1 Brasil) explica que ele é um software de gestão empresarial que serve para automatizar processos manuais, armazenar dados e unificar a visualização de resultados.
Por centralizar todas as informações, esse sistema também consegue otimizar o dia a dia de diferentes áreas, trazendo melhorias para a eficiência operacional. Levando em consideração que cada setor necessita de uma ferramenta própria para gerar relatórios e executar tarefas rotineiras, o ERP funciona como um centralizador do fluxo de trabalho, alinhando a comunicação de todas as áreas e facilitando a tomada de decisões.
Uma das funcionalidades de um ERP industrial é a integração de informações, garantindo mais organização em todas as etapas da indústria. No que diz respeito aos dados, a associação pontua que, com todas as informações em um único lugar, se torna mais fácil gerenciar o acesso de usuários e monitorar atividades suspeitas, garantindo que apenas pessoas autorizadas tenham acesso a informações sensíveis.
ERP e LGPD
Como informa o Ministério Público Federal (MPF), a LGPD estabelece regras sobre a coleta, o uso, o processamento e o armazenamento de dados pessoais dos brasileiros por empresas e organizações.
Essa legislação se aplica a todas as empresas que operam no país, independente do setor ou tamanho. A LGPD foi aprovada em 2018, mas entrou em vigor em 2020, com a finalidade de proteger a privacidade e os direitos dos titulares dos dados.
Para garantir a conformidade com essa lei, a GS1 Brasil aponta que as empresas que utilizam o sistema ERP devem assegurar que o software seja projetado e implementado de forma a atender às regulamentações.
A não conformidade com a LGPD pode resultar em multas, advertências, bloqueio de dados e outras sanções prejudiciais para a imagem da empresa e sua saúde financeira.
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MARINA FERNANDEZ GUEDES
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