No Brasil, as queimaduras representam uma preocupação significativa em saúde pública, com mais de 1 milhão de casos registrados anualmente, segundo dados do Ministério da Saúde. Os números apontam que 70% dos acidentes acontecem no ambiente doméstico e 30% deles vitimizam crianças. Para reduzir esses índices, a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) apoia promoverá ações nacionais para conscientizar a população sobre prevenção e esclarecer a respeito dos tratamentos que devem ser coordenados por cirurgiões plásticos.
“O Junho Laranja é um momento crucial para sensibilizar e educar a população, e estamos empenhados em agir nesse sentido. Temos o objetivo de informar a população sobre medidas de prevenção de acidentes, e valorizar o papel dos profissionais que trabalham na recuperação dos pacientes, especialmente os cirurgiões plásticos que desempenham função essencial no tratamento dessas lesões”, comenta Dr. Volney Pitombo, presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica.
Campanha Junho Laranja
Com o objetivo de ampliar o alcance da campanha Junho Laranja a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica junto com a Associação Brasileira de Residentes de Cirurgia Plástica (ABRCP) e a Associação Brasileira das Ligas de Cirurgia Plástica (ABLCP) se unem pela causa.
Entre as principais ações está o “Vista Laranja”. No dia 17 de junho (segunda-feira), em um ato de solidariedade e conscientização sobre a prevenção e o tratamento de queimaduras as instituições convidam cirurgiões plásticos e a população, não apenas mostrando apoio, mas também reforçando o compromisso com a educação, a prevenção e a melhoria contínua dos cuidados oferecidos a vítimas de queimaduras. “Estamos felizes em unir forças vestindo laranja. Como residentes de cirurgia plástica, reconhecemos a importância de ampliar o alcance da campanha e disseminar informações sobre prevenção e tratamento”, reitera André Marins, Presidente da Associação Brasileira de Residentes em Cirurgia Plástica (ABRCP).
No mesmo dia, cirurgiões plásticos, residentes e ligantes irão às ruas em quatro locais do Brasil (São Paulo, Rio de Janeiro, Goiânia e Fortaleza) para a Blitz Laranja, com o intuito de distribuir panfletos informativos e conversar com as pessoas sobre tratamento e prevenção de queimaduras. Além disso, as instituições estarão presentes durante todo o mês em festas juninas em São Paulo (SP), Campina Grande (PB), Brasília (DF) e Belo Horizonte (MG) fazendo o trabalho de conscientização. “Somos mais de 1.500 ligantes acadêmicos de cirurgia plástica, presentes em 17 estados do país e juntos iremos às ruas disseminar informações importantes sobre prevenção contra queimaduras, alcançando um impacto significativo na promoção da saúde e na redução de acidentes”, ressalta Felipe Cruciol, Presidente da Associação Brasileira das Ligas de Cirurgia Plástica (ABLCP).
Importância da prevenção
Entre 2015 e 2020 mais da metade dos casos por queimaduras foram térmicas (53,3%) e 46,1% por queimaduras elétricas. Mas independentemente da origem, as lesões agridem profundamente a pele, podendo destruir parcial ou totalmente os anexos subcutâneos, músculos, tendões e ossos, e seus impactos são tão agressivos para o corpo que, em locais específicos, podem prejudicar a funcionalidade da área e a mobilidade. O foco das ativações da SBCP está na prevenção que exige medidas simples, ao alcance de todos. Dentre as orientações preventivas estão: Supervisionar panelas no fogo; Virar cabos das panelas para dentro; Armazenar produtos químicos fora do alcance de crianças; Não sobrecarregar tomadas com aparelhos elétricos; Manter o ferro de passar longe do alcance das crianças, evitar o uso do fósforo e não acender velas em casa.
Tipos de tratamento
O tratamento aos queimados exige uma equipe multidisciplinar, sendo que o papel do cirurgião plástico é fundamental. Além de possuir o conhecimento técnico necessário para avaliar a extensão e gravidade da lesão, os especialistas são capacitados para realizar procedimentos de reconstrução e restauração dos tecidos afetados, especialmente em áreas de dobras como pescoço, cotovelos e axilas. Eles podem agir desde o manejo inicial da queimadura até as intervenções cirúrgicas para minimizar cicatrizes e restaurar a funcionalidade.
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BRUNA ROBERTI ALVES
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