A busca por cidades mais eficientes, sustentáveis e conectadas tem levado governos ao redor do mundo a adotarem o conceito de smart cities. Essas cidades utilizam tecnologia, dados e inovação para otimizar a gestão pública, melhorar a mobilidade, reduzir o consumo de recursos e elevar a qualidade de vida da população. No Brasil e no mundo, diversas iniciativas já demonstram como essa transformação pode gerar impactos reais no dia a dia das pessoas.
Em Barcelona, na Espanha, a implementação de um sistema de iluminação pública inteligente permitiu uma redução de 30% no consumo de energia, enquanto sensores instalados nas lixeiras ajudaram a diminuir os custos com coleta em 25%. Além disso, a mobilidade urbana foi aprimorada com ônibus inteligentes e ciclovias integradas ao sistema de transporte. Já em Cingapura, a tecnologia tem sido usada para prever enchentes e desastres urbanos, além de tornar o transporte público um dos mais eficientes do mundo, ajustando a oferta de ônibus e metrôs com base na demanda prevista por inteligência artificial.
De acordo com o especialista em tecnologia, Guilherme Belinelo, CTO da dataRain, o conceito de cidades inteligentes também está ganhando força no Brasil, impulsionado pelo uso estratégico de tecnologias como inteligência artificial (IA), Internet das Coisas (IoT) e redes 5G. “O investimento em cidades inteligentes não é apenas uma tendência, mas uma necessidade para os prefeitos que buscam modernizar seus municípios. A tecnologia tem o potencial de transformar a forma como os serviços públicos são oferecidos, desde o transporte até a segurança. Além de trazer eficiência, ela reduz custos operacionais e promove sustentabilidade”, afirma.
Ele ressalta o emprego de IA em grandes centros urbanos otimizando o trânsito, com semáforos inteligentes que se ajustam ao fluxo de veículos. Além disso, na saúde, os algoritmos já analisam dados para prever surtos de doenças e auxiliar diagnósticos. A tecnologia é ainda aliada na segurança pública, com sistemas de reconhecimento facial e monitoramento inteligente de câmeras, que ajudam a prevenir crimes. “Em cidades como Curitiba, o uso da IA no transporte público reduziu o tempo de espera dos passageiros em até 20%, além de diminuir o consumo de combustível e os custos operacionais. São ganhos concretos que mostram como a tecnologia pode beneficiar diretamente a população e os cofres públicos”, destaca Belinelo.
A IoT também desempenha um papel central na gestão urbana. Sensores instalados em lixeiras inteligentes, por exemplo, avisam quando o lixo está cheio, otimizando a coleta e reduzindo custos. Na iluminação pública, lâmpadas inteligentes ajustam a intensidade conforme a presença de pedestres ou veículos, economizando energia. “Essas soluções podem parecer pequenas, mas, quando aplicadas em larga escala, resultam em economias significativas e em cidades mais sustentáveis”, explica o especialista.
Com a expansão do 5G no Brasil, a expectativa é que mais municípios possam adotar tecnologias avançadas. A conectividade em tempo real proporcionada pelo 5G é fundamental para o funcionamento eficiente de sistemas inteligentes, desde o controle de tráfego até a gestão energética. “O 5G vai revolucionar a forma como as cidades operam, permitindo que pequenos e médios municípios também tenham acesso a soluções que antes eram exclusivas das grandes capitais”.
Embora a implementação de tecnologias inteligentes exija investimentos iniciais, o retorno é rápido e sustentável. Redução de custos operacionais, aumento da eficiência nos serviços públicos e melhoria na qualidade de vida da população são apenas alguns dos benefícios. “A tecnologia não é um custo, é um investimento. Prefeitos que apostam em soluções inteligentes conseguem otimizar recursos e entregar melhores serviços à população”, concluiu.
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MICHELE CARVALHO DE SANTANA
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